Resumo: arquitetos e designers têm operações com serviços técnicos, emissão de ART/RRT, contratos por projeto e equipes híbridas. Com a estrutura contábil certa, dá para reduzir impostos, prever fluxo de caixa e escalar o escritório com segurança.
1) Qual é a melhor forma jurídica: autônomo ou PJ?
Autônomo (PF): recolhe IR na tabela progressiva e ISS conforme município. Simples e rápido, mas costuma pagar mais imposto quando a renda cresce.
PJ (CNPJ): permite separar finanças, formalizar contratos e, em muitos casos, pagar menos tributos. Ideal para quem já tem carteira de clientes, equipe ou metas de expansão.
2) Regimes tributários para arquitetura
MEI: possível apenas em atividades compatíveis e até o limite anual. Em geral, estúdios com equipe e projetos maiores migram rápido.
Simples Nacional: regra prática para iniciantes. Atenção ao Anexo III/IV, fator R (folha/receita) e retenções de ISS.
Lucro Presumido: pode ser vantajoso em faixas de faturamento específicas. Analise ISS, IRPJ e CSLL por município/atividade.
3) ISS, retenções e contratos
- ISS: verifique se incide no município do tomador ou do prestador (pode variar por serviço).
- Retenções: ISS, INSS, IRRF e PIS/COFINS/CSLL em contratos com empresas e órgãos públicos.
- Contratos claros: descreva escopo (projeto, acompanhamento de obra), prazos, entregáveis e condições de reajuste.
4) Organização financeira do escritório
- Pró-labore mensal e distribuição de lucros (com escrituração adequada).
- Centros de custo por projeto/obra para entender margem e rentabilidade.
- Fluxo de caixa com provisão de impostos, 13º e férias.
5) Emissão de NFS-e e RRT/ART
- Classificação por LC 116/CFPS e conferência de retenções.
- Vincule RRT/ART ao projeto quando exigido.
- Guarde contratos e plantas no dossiê digital do cliente.
- Escolha da forma jurídica e regime tributário.
- Contrato padrão com escopo e condições de pagamento.
- Rotina de NFS-e com CFPS/LC116 e retenções.
- Centro de custos por projeto e fluxo de caixa.
- Faturamento subindo e folha variando (fator R).
- Margem apertada no Simples → simule Presumido.
- Novos serviços (consultoria, BIM, interiores) com tributação distinta.
Conclusão
Com planejamento tributário, contratos bem definidos e rotinas financeiras organizadas, escritórios de arquitetura ganham previsibilidade, melhoram margens e ficam prontos para crescer com segurança. Se quiser, analisamos seu cenário e desenhamos a melhor estrutura para sua operação.
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